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Os terríveis dois anos! E agora??

Pode-se dizer que o L está na faixa etária da “tal” crise dos dois anos.

Mas, muito sinceramente, não sei se se enquadra nisso.

Aliás, o que é isso da crise dos dois anos? Provavelmente foi um termo inventado por alguém que viu uma mudança acentuada de comportamento nos bebés que passam por esta idade.

Ou um termo inventado pela sociedade, para rotular o comportamento menos próprio.

Sinceramente não sei.

Hoje em dia tudo tem que ter um rótulo, um nome.

Só assim ficamos mais descansados porque sabemos do que se trata, e sabemos como lidar com isso.

Se existe um problema e tem nome, então tem que haver solução.

Cada vez mais se ouve falar muito de parentalidade positiva, parentalidade consciente, slow-parenting, etc.

Confesso que, para mim, a terminologia não é um factor indicativo.

Muito menos decisivo.

O que realmente importa mesmo é educar o meu filho com base em princípios que vão fazer dele uma pessoa com bons valores éticos, morais e sociais.

No fundo, que seja uma pessoa segura, confiante, altruísta, bondosa, sonhadora e independente.

Se este tipo de educação tem um nome?

Não sei, só queremos que seja Humano.

São princípios que gostamos de instruir desde muito cedo, e, à medida que ele vai-se desenvolvendo, começam-se a notar na forma como ele fala e interage com as outras pessoas, e com o meio envolvente.

Vou contar-te uma pequena história…

Certa vez, estávamos à mesa de um restaurante, e o empregado veio trazer-nos uma garrafa de água. Eu e a minha mulher nem nos apercebemos da situação, quando de repente, só ouvimos o empregado a dizer “de nada”.

Pára tudo! O que acabou de acontecer??

O nosso filho tinha agradecido ao empregado, e o empregado retribuiu-lhe a delicadeza do gesto!

Uma conversa de adultos (embora entre um bebé e um adulto), e o nosso filho tinha interagido com o empregado sem ninguém lhe dizer nada. Soube perceber o gesto que o empregado fez ao trazer-nos uma água, e sentiu que deveria agradecer por esse mesmo gesto.

São momentos como este que nos deliciam, e que nos fazem sentir que estamos no caminho certo.

Desde muito novo que também falamos com ele da mesma forma como falamos para um adulto. Não usamos termos “abébézados”. Os pópós, os piu-pius não existem nas nossas conversas. Não faz sentido usarmos termos que não são os verdadeiros, para que ele fixe esses termos e depois tenhamos que ensinar novamente os termos correctos.

Aprender, para desaprender e voltar a aprender… não, obrigado.

É uma escolha nossa.

O facto também de desde muito novo termos comunicado por gestos, através de BabySigns, permitiu que ele não se sentisse frustrado e fosse sempre um bebé feliz por ter uns pais que compreenderam as suas necessidades.

 

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Estamos também certos que esta forma de comunicar veio trazer-lhe mais segurança e confiança na forma de transmitir as suas emoções e os seus pensamentos, que hoje se revelam de uma forma mais consciente com o seu crescimento.

Sempre explicámos tudo da melhor forma possível para que ele possa compreender, e sempre na base do diálogo.

É muito importante o bebé perceber que é correspondido, e que é uma voz activa na sociedade.

Entendia sempre o que queríamos dizer, e ainda hoje isso acontece.

Mas estamos a falar de um bebé, que ainda está em pleno processo de desenvolvimento. E, tal como todos os bebés, tem os seus momentos menos bons.

Tentamos sempre dialogar, para que ele possa exprimir o que sente, e perceber quais as acções que o levaram a esse estado.

E deixamo-lo sentir as emoções, sem as reprimir.

Até nós, adultos, temos momentos menos bons, quanto mais eles, que estão em pleno processo de desenvolvimento.

Existem muitos artigos com truques e dicas para lidar com um bebé nesta fase. Como se existe um botão mágico para desligá-los quando estiverem a fazer birras… importa sim, seguires o teu instinto e perceber o porquê da “birra”.

Qual a acção que levou aquele bebé a estar naquele estado? Que emoções estará a sentir?

Como seres humanos que somos, também perdemos a paciência.

Apetece-nos “saltar a tampa”, mas suspiramos fundo e tentamos colocar os nossos pensamentos em ordem, para não nos desviarmos da educação que pretendemos dar.

dois anos

 

Não somos apologistas de palmadas psicológicas, mas sim de consequências.

Não de consequências fúteis e sem sentido, mas daquelas bem fundamentadas e adequadas à situação.

Fazem sempre parte do nosso dia-a-dia, e quando existe alguma acção menos própria, existe uma consequência, para que ele possa perc

eber.

Se estamos à mesa a comer, e atira o individual para o chão, o individual fica sujo e depois já não pode comer naquele individual, por mais que goste e queira comer como os pais.

Se molha o chão da casa de banho enquanto está a tomar banho, depois terá que limpar.

Tudo o que ele manda para o chão, terá que apanhar.

Claro que também ajudamos, porque os bebés seguem o nosso exemplo. Aprendem muito mais pela acção do que pelas palavras, e por isso aqui em casa temos algum cuidado na forma como pegamos nos objectos, como interagimos uns com os outros, etc.

Não esperes ficar sentado no sofá e ordenar ao teu filho que faça as coisas sozinho, sem dares o exemplo…

Sâo este tipo de consequências que o ajudam a perceber a relação causa-efeito.

O estado emocional dos adultos cuidadores também é muito importante.

O bebé “sente” quando alguma coisa não está bem, por isso o ambiente em casa tem que ser calmo e sereno.

Tens que estar bem contigo próprio, só assim podes ajudar quem precisa.

Cada família tem a sua forma de educar, e não existe nenhuma fórmula mágica que funcione para todos.

Observa o teu filho, e percebe como podes interagir com ele da melhor forma possível, sem o expores ao ridículo, e dando o melhor exemplo possível.

Terrible two? Para quem?

Sinceramente não vejo crise dos dois anos. Vejo sim, um ser a crescer e a desenvolver-se, e que precisa de ser compreendido. E com isso vem a aquisição de novos conhecimentos, novas emoções.

A descoberta de uma identidade.

O que pensas desta fase dos dois anos?

Gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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