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Caixas de Permanência

O que são caixas de permanência?

São caixas muito conhecidas no meio Montessori, que servem para demonstrar que um objecto existe, mesmo que não se veja. Ajuda também a perceber a relação causa-efeito, já que têm um orifício para colocar um objecto, sendo que depois esse objecto desaparece momentaneamente. Pode ser preciso fazer alguma acção para fazer o objecto aparecer (abrir uma gaveta, por exemplo), ou então o objecto pode aparecer por si mesmo (deslizando através de uma rampa).

Aprendem assim a permanência dos objectos.

 

Quem me vem acompanhado há algum tempo, sabe que eu vou fazendo vários tipos de materiais Montessori à medida que o meu filho vai crescendo, de forma a ir acompanhando as suas necessidades e o seu desenvolvimento.

 

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Um desses materiais foi a caixa de permanência. Aliás, fiz duas diferentes.

A primeira delas é uma caixa de permanência com uma bola e uma rampa (visível na imagem acima).

Esta caixa é apresentada ao bebé quando já se consegue sentar sozinho, entre os 8-12 meses. O objectivo é ajudar a criança a desenvolver a percepção da permanência do objecto. Também ajuda indirectamente no foco e na concentração, bem como a coordenação mão-olhos. E, claro, a praticar a motricidade fina através do agarrar da bola.

O bebé agarra a bola e coloca-a no buraco, vendo-a desaparecer. Depois aparece novamente, caindo pela rampa para o tabuleiro, convidando-o a repetir o processo.

E se eles adoram repetições…

A expectativa era enorme, quando apresentei esta caixa ao meu filho. Investiguei, vi vários vídeos e li algumas documentações de como se deveria apresentar este material: o não falar, fazer os gestos muito devagar, estar entre o objecto e o bebé, etc.

Claro que assim que demonstrei a primeira vez, ele quis logo começar a fazer sozinho.

E, confesso, não teve grandes dificuldades em consegui-lo. Aliás, para ser muito sincero, acho que não ligou muito a esta caixa de permanência. Parecia que era muito fácil para ele. Talvez a tenhamos apresentado um pouco tarde, não faço ideia.

Acho que todos os bebés têm a sua preferência por determinados objectos e materiais, e este se calhar não foi um dos preferidos do L, apesar de apelativo.

Depois, optei por fazer outra caixa de permanência com uma gaveta e com várias moedas.

Caixas de permanência
Caixa de Permanência com gaveta e moedas

Este tipo de caixa já oferece novos desafios, porque ajuda a praticar os movimentos precisos das mãos enquanto envia informação para o cérebro, bem como o desenvolvimento do controlo das mãos, pulsos e dedos. Além de treinar a motricidade fina, permite também que a criança treine o rodar do pulso para colocar os objectos na caixa e para abrir a gaveta.

Desta forma, o bebé é obrigado a interagir mais com a caixa.

Esta caixa deve ser apresentada depois da caixa de permanência com tabuleiro, precisamente pelo grau de dificuldade acrescido, e por necessitar de competências adquiridas no manuseio da primeira caixa.

Claro, fiz várias moedas, porque algumas poderiam perder-se.

Confesso que também gostei muito do aspecto geral desta caixa, tem um ar muito apelativo, e existe qualquer coisa de sensual nas formas arredondadas.

caixas permanência
O movimento da rotação do pulso é uma das competências adquiridas para trabalhar com esta caixa

 

O L já se entreteve mais tempo com esta caixa, e se gostou de colocar as moedas na gaveta e abri-la!

Muitas vezes ficava frustrado porque, quando abria a gaveta toda, depois já não conseguia voltar a colocá-la para fechá-la, mas foi mais outra competência que foi adquirindo com o tempo.

 

Antes de começar qualquer projecto, é necessário fundamentar a ideia e passá-la para o papel, por mais rudimentar que seja o esboço. É interessante que, ao fazer isso, pormenores que outrora estavam escondidos, vão sendo revelados sob a forma do lápis de carvão.

Que medida terá que ter o tabuleiro? Qual a largura do buraco por onde a bola passa?

Estas e outras perguntas vão sendo respondidas no papel.

 

caixas de permanência
Esboço da primeira caixa de permanência

 

Com estas caixas de permanência, decidi fugir um pouco da linha tradicional das outras caixas que já existem no mercado.

Apresentei pormenores visuais mais apelativos, e que promovem um pouco mais a sua interação. Claro que mantive as suas funcionalidades intactas, e respeitei os objectivo principais dos respectivos materiais.

Optei por usar formas mais arredondadas, para que as caixas tenham um aspecto mais fluido, e que seja o mais suave possível para as mãos dos bebés.

Apesar de ter respeitado as cores tradicionais que se vêm nas outras caixas de permanência do mesmo género, usei cores transparentes ao invés de usar cores opacas, sobressaindo os veios da madeira.

Penso que desta forma fica muito mais apelativo e interessante de se ver, já que se vê realmente que é madeira, e… até que fica sexy, não achas?!

O aspecto visual também conta, e, como se costuma dizer, os olhos também comem.

E os bebés também sabem apreciar arte, gostam de ver objectos bonitos, bem construídos. E são muito honestos, porque quando não gostam de algo, não gostam mesmo e não têm problemas em demonstrá-lo.

Claro que os acabamentos que usei não podiam deixar de respeitar a saúde dos bebés e do meio-ambiente.

É um factor que levo muito a sério e que tento implementar ao máximo.

Principalmente nesta época em que vivemos, em que existem muitos casos de alergias e sintomas de doenças com causas desconhecidas.

Já para não falar do problema do aquecimento global, que já se vem a falar desde há muitos anos, e em que estamos quase a chegar a um ponto de não retorno…

Todos os passos, por mais pequenos que sejam, que nos conduzam à promoção do respeito pelo meio-ambiente e pela nossa saúde, são bem-vindos.

E todos juntos, podemos fazer a diferença.

Por isso, os acabamentos são certificados pela Norma Europeia de Segurança para Brinquedos, a EN71-3.

 

Artigo relacionado: Segurança nos Brinquedos – EN 71 e COVs

 

Uma última nota que gostaria de deixar é que estes materiais não são brinquedos, são materiais pedagógicos.

Deve-se saber qual a sua verdadeira utilidade, quando e como devem ser apresentados.

 

Artigo relacionado: Tipos de Brinquedos

 

Ah! E não existe uma idade certa para apresentar estes materiais. A idade certa é quando perceberes que o teu bebé está pronto para interagir como novos materiais. Como sabes isso? Observando-o.

Já conhecias este tipo de materiais pedagógicos?

Já usaste algum?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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