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Móbiles Montessori

Deparámo-nos com o conceito dos móbiles ainda antes do L nascer, quando já tínhamos ambos colocado mãos à obra e começado a pesquisar sobre a melhor forma de o receber.

Claro que fazíamos questão que a casa estivesse o melhor preparada possível, e foi nessa altura que os universos de Montessori e Waldorf começaram a entrar cada vez mais na nossa vida.

Se anteriormente já faziam sentido, agora faziam muito mais.

Então, como preparar o ambiente o melhor possível?

Apesar de ele só ir começar a andar passados muitos meses, quisemos deixar a casa já minimamente preparada nesse sentido.

 

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Começámos por tapar as tomadas eléctricas nas paredes, começar a colocar as coisas à altura dele, um berço que nos permitisse acoplar à nossa cama sem uma das grades laterais.

Estes são alguns dos exemplos.

Mas ao pesquisar melhor o mundo Montessori, deparámo-nos com os móbiles!

Confesso que não sabia o que era um móbile, nem que era este o nome que se dava a este tipo de material.

E à medida que fomos pesquisando, mais sentido fazia a estrutura dos mesmos, e as aplicações que lhe eram dadas.

Pelo que entendi na altura, Montessori tem vários tipos de mobiles, que vão sendo aplicados consoante a evolução do bebé.

Não sou nenhum perito nesta matéria, e irei apenas falar do que pesquisei em relação a este assunto, e também da minha experiência enquanto pai presente.

Primeiro que tudo, é preciso ter consciência que os móbiles não devem ser apresentados quando o bebé está stressado de alguma forma, ou quando existe alguma necessidade básica por atender: cólicas, fome, fralda suja, etc.

Não devem ser colocados também no sítio onde o bebé dorme, não é essa a intenção. Convém ter a zona onde dorme separada da zona da brincadeira.

Por isso, não devem ser usados como forma de acalmar o bebé. Ele já tem que estar calmo e receptivo.

Devem ser sim, apresentados ao bebé quando ele está relaxado e predisposto para absorver o ambiente que o rodeia, em que tudo é novidade.

O objectivo é estimular, num ambiente controlado, o foco, a capacidade de seguir objectos, e a percepção das cores.

O primeiro deste móbiles é o Munari.

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Móbile Munari

O Munari é um móbile composto por 3 níveis de altura, com figuras geométricas a preto e branco e uma bola transparente, equilibradas entre si.

Deverá ser apresentado entre as 3-6 semanas de vida.

Antes mesmo do bebé conseguir ver as cores, só consegue ver a preto e branco e distinguir formas e sombras. Daí este móbile não ter cores, porque realmente não são necessárias. Desta forma, permite que o bebé consiga distinguir melhor o contraste entre os tons preto e branco. É também um móbile muito elegante e estimulante o suficiente, sem ser em demasia.

A bola transparente, ajuda a reflectir e a espalhar os raios de luz, criando um bonito efeito, ao mesmo tempo que não deixa de ser surpreendente para o bebé ver uma bola grande a flutuar no ar.

Das várias pesquisas que fiz, reparei que existe uma forma correcta de posicionar as várias imagens. Cada uma deve estar colocada numa certa posição, num determinado nível.

Confesso que não foi muito fácil equilibrar todo este sistema (é um verdadeiro exercício de paciência e equilibrismo), mas uma vez feito… é muito relaxante vê-lo a funcionar. A forma elegante como as diversas imagens interagem entre si, parece que estão entrelaçadas numa dança hipnotizante.

Sinceramente não me recordo quando tempo deixámos este móbile pendurado, mas foi dos móbiles que durou mais tempo…

Quando reparámos que o L não já não dava muito atenção a este móbile, trocámos para o seguinte.

O Octaedro (assim se chama o móbile que deverá ser colocado depois do Munari), é composto por três octaedros (daí o seu nome).

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Móbile Octaedro

Nesta fase, o bébé já consegue distinguir algumas cores, e por isso as três formas geométricas representam as três cores primárias (azul, amarelo e vermelho). São colocadas a alturas diferentes para que o bébé tenha a percepção da distância e possa treinar o foco visual.

Deve ser apresentado entre as 5-8 semanas de vida.

Das pesquisas que fiz, reparei que não existe uma posição específica para cada forma geométrica, por isso optei por colocar o que tem a cor amarela mais em baixo. Não sei se existe algum estudo científico em relação a este pormenor, porque reparei que não existe muita coerência em relação a este aspecto.

Queria que os octaedros tivessem cores suaves, mas ao mesmo tempo apelativas. Por isso andei de loja em loja à procura da cartolina que tivesse a cor certa. E também não podia ser uma cartolina muito grossa que não desse para dobrar, nem uma cartolina muito fina que fosse impossível de trabalhar. Foi uma lotaria, mas lá consegui encontrar o que queria…

O que dá mais trabalho, neste móbile, é recortar os octaedros e colar muito bem, sem estragar nada. Não é muito fácil, já que nas dobras as cores podem ficar um pouco “rasgadas” e sumidas, mas nada que não se faça, com paciência e algum jeito.

Li algures que, os octaedros foram feitos para ter como base a percepção das proporções geométricas, as suas relações e padrões. Foram assim denominados pelo antigo filósofo grego, Plato.

Do que me recordo, o L não se entreteve muito com este móbile, e o efeito surpresa desvaneceu-se cedo.

O nosso bebé queria mais, e então lá fomos colocar o móbile seguinte: o Gobbi.

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Móbile Gobbi

O Gobbi é um móbile composto por 5 bolas, com 5 tons variantes de uma só cor.

Pode ser apresentado entre as 6-8 semanas.

Tem como objectivo ajudar a aperfeiçoar a visão do bébé, ao ter uma ligeira variação de tom de cor de uma bola para a outra.  O bébé percorre estas ligeiras variações de tons para a frente e para trás, ao mesmo tempo que os seus olhos ajustam o foco da bola que está mais perto para a bola que está mais afastada da sua visão.

Pode ser feito praticamente com qualquer cor base. Nós optámos pelo azul, com cores suaves.

Aqui houve uma grande ajuda da minha mulher, porque foi ela que fez praticamente tudo: comprou as bolas, as linhas com as cores, e enrolou a linha à volta das bolas.

Eu limitei-me apenas a pendurar as bolas, de acordo com um ângulo específico, para que fiquem em escada.

Claro que este móbile é muito apetecível, porque nesta fase o bebé já começa a querer agarrar objectos e é uma verdadeira tentação bater nas bolas e vê-las a dançar no ar.

E como não há três sem quatro, quando o L começou a mostrar desinteresse pelo Gobbi, mostrámos-lhe os Dançarinos.

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Móbile Dançarinos

Os Dançarinos é um móbile formado por 4 figuras que se assemelham a 4 pessoas a dançarem, em várias posições.

Pode ser apresentado sensivelmente a partir das 12 semanas.

Aquando das minhas pesquisas, verifiquei que existem várias cores que se podem utilizar e combinar para formar as figuras. Não me pareceu existir nenhuma “regra”. Por isso, resolvi utilizar duas cores que ainda não tinha utilizado muito, o vermelho e o prateado. As cores são ligeiramente brilhantes, mas não em demasia.

Os Dançarinos ajudam o bebé a ter a percepção de profundidade, bem como no foco de imagens visuais em movimento. E este móbile é muito propício em movimento, porque existem muitas figuras que facilmente “dançam” com a mais pequena brisa, devido a serem feitos com material leve.

O contraste das cores, a reflecção da luz e a suavidade dos movimentos ajudam a captar a atenção do bébé.

Em vez de serem dançarinos, também se vêm móbiles construídos com formas de baleias, andorinhas, borboletas, etc.

Nesta fase já fica um pouco ao nosso critério que tipo de figuras apresentar e ir trocando, já que existem mesmo muitas variações.

A lista é vasta.

Alguns são muito bonitos de se ter em casa, mesmo para nós, adultos. Tornam-se muito relaxantes.

Estes primeiros móbiles podem ser feitos por qualquer pessoa, com um pouco paciência e tempo.

Nós parámos no móbile dos dançarinos, porque achámos que para o L não valia a pena fazer mais. Ainda gostaria de ter feito mais, mas para ser sincero, acho que a principal razão foi porque o nosso tempo disponível para os fazer já não era muito… mas por um bom motivo, claro!

E o L também não se entreteve durante muito tempo com este móbile.

Depende de cada bebé, uns gostam mais de um certo tipo de móbiles do que outros.

A forma de colocar os móbiles é feita sempre da mesma forma: a cerca de 30 cm da cara do bebé (é a distância máxima que eles conseguem ver quando são muito novos), e por cima do seu peito (não directamente acima da sua cabeça). Desta forma, ajuda-o a focar os objectos que estão um pouco mais longe da sua visão, e sem forçar muito o pescoço ao olhar para cima.

Os móbiles devem ser trocados a cada 2-3 semanas, para o bebé não se aborrecer, e para provocar novos estímulos.

Não exista uma fórmula que funcione para todos, e o número de semanas para apresentar cada móbile é apenas uma referência. É necessário, sobretudo, conheceres o teu bebé e perceberes quando é altura de mudar de móbile.

Penso que o principal é que o teu bebé seja um bebé feliz e estimulado na medida certa, no tempo certo. Com ou sem móbiles.

Para isso, precisas ser um pai/mãe presente na vida do teu filho. Conhecê-lo.

 

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Não são os móbiles que vão fazer de ti um pai/mãe Montessori. Ou que possas dizer que o teu filho é um bebé Montessori.

É muito mais importante a forma como estás presente na sua vida, no seu crescimento. E respeitar as suas opções, proporcionando-lhe desde muito cedo condições para que seja uma criança autónoma, livre e responsável.

Já tinhas ouvido falar destes móbiles?

Chegaste a fazer algum?

Qual é a tua opinião sobre os móbiles, achas que cumprem o seu propósito?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Os terríveis dois anos! E agora??

Pode-se dizer que o L está na faixa etária da “tal” crise dos dois anos.

Mas, muito sinceramente, não sei se se enquadra nisso.

Aliás, o que é isso da crise dos dois anos? Provavelmente foi um termo inventado por alguém que viu uma mudança acentuada de comportamento nos bebés que passam por esta idade.

Ou um termo inventado pela sociedade, para rotular o comportamento menos próprio.

Sinceramente não sei.

Hoje em dia tudo tem que ter um rótulo, um nome.

Só assim ficamos mais descansados porque sabemos do que se trata, e sabemos como lidar com isso.

Se existe um problema e tem nome, então tem que haver solução.

Cada vez mais se ouve falar muito de parentalidade positiva, parentalidade consciente, slow-parenting, etc.

Confesso que, para mim, a terminologia não é um factor indicativo.

Muito menos decisivo.

O que realmente importa mesmo é educar o meu filho com base em princípios que vão fazer dele uma pessoa com bons valores éticos, morais e sociais.

No fundo, que seja uma pessoa segura, confiante, altruísta, bondosa, sonhadora e independente.

Se este tipo de educação tem um nome?

Não sei, só queremos que seja Humano.

São princípios que gostamos de instruir desde muito cedo, e, à medida que ele vai-se desenvolvendo, começam-se a notar na forma como ele fala e interage com as outras pessoas, e com o meio envolvente.

Vou contar-te uma pequena história…

Certa vez, estávamos à mesa de um restaurante, e o empregado veio trazer-nos uma garrafa de água. Eu e a minha mulher nem nos apercebemos da situação, quando de repente, só ouvimos o empregado a dizer “de nada”.

Pára tudo! O que acabou de acontecer??

O nosso filho tinha agradecido ao empregado, e o empregado retribuiu-lhe a delicadeza do gesto!

Uma conversa de adultos (embora entre um bebé e um adulto), e o nosso filho tinha interagido com o empregado sem ninguém lhe dizer nada. Soube perceber o gesto que o empregado fez ao trazer-nos uma água, e sentiu que deveria agradecer por esse mesmo gesto.

São momentos como este que nos deliciam, e que nos fazem sentir que estamos no caminho certo.

Desde muito novo que também falamos com ele da mesma forma como falamos para um adulto. Não usamos termos “abébézados”. Os pópós, os piu-pius não existem nas nossas conversas. Não faz sentido usarmos termos que não são os verdadeiros, para que ele fixe esses termos e depois tenhamos que ensinar novamente os termos correctos.

Aprender, para desaprender e voltar a aprender… não, obrigado.

É uma escolha nossa.

O facto também de desde muito novo termos comunicado por gestos, através de BabySigns, permitiu que ele não se sentisse frustrado e fosse sempre um bebé feliz por ter uns pais que compreenderam as suas necessidades.

 

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Estamos também certos que esta forma de comunicar veio trazer-lhe mais segurança e confiança na forma de transmitir as suas emoções e os seus pensamentos, que hoje se revelam de uma forma mais consciente com o seu crescimento.

Sempre explicámos tudo da melhor forma possível para que ele possa compreender, e sempre na base do diálogo.

É muito importante o bebé perceber que é correspondido, e que é uma voz activa na sociedade.

Entendia sempre o que queríamos dizer, e ainda hoje isso acontece.

Mas estamos a falar de um bebé, que ainda está em pleno processo de desenvolvimento. E, tal como todos os bebés, tem os seus momentos menos bons.

Tentamos sempre dialogar, para que ele possa exprimir o que sente, e perceber quais as acções que o levaram a esse estado.

E deixamo-lo sentir as emoções, sem as reprimir.

Até nós, adultos, temos momentos menos bons, quanto mais eles, que estão em pleno processo de desenvolvimento.

Existem muitos artigos com truques e dicas para lidar com um bebé nesta fase. Como se existe um botão mágico para desligá-los quando estiverem a fazer birras… importa sim, seguires o teu instinto e perceber o porquê da “birra”.

Qual a acção que levou aquele bebé a estar naquele estado? Que emoções estará a sentir?

Como seres humanos que somos, também perdemos a paciência.

Apetece-nos “saltar a tampa”, mas suspiramos fundo e tentamos colocar os nossos pensamentos em ordem, para não nos desviarmos da educação que pretendemos dar.

dois anos

 

Não somos apologistas de palmadas psicológicas, mas sim de consequências.

Não de consequências fúteis e sem sentido, mas daquelas bem fundamentadas e adequadas à situação.

Fazem sempre parte do nosso dia-a-dia, e quando existe alguma acção menos própria, existe uma consequência, para que ele possa perc

eber.

Se estamos à mesa a comer, e atira o individual para o chão, o individual fica sujo e depois já não pode comer naquele individual, por mais que goste e queira comer como os pais.

Se molha o chão da casa de banho enquanto está a tomar banho, depois terá que limpar.

Tudo o que ele manda para o chão, terá que apanhar.

Claro que também ajudamos, porque os bebés seguem o nosso exemplo. Aprendem muito mais pela acção do que pelas palavras, e por isso aqui em casa temos algum cuidado na forma como pegamos nos objectos, como interagimos uns com os outros, etc.

Não esperes ficar sentado no sofá e ordenar ao teu filho que faça as coisas sozinho, sem dares o exemplo…

Sâo este tipo de consequências que o ajudam a perceber a relação causa-efeito.

O estado emocional dos adultos cuidadores também é muito importante.

O bebé “sente” quando alguma coisa não está bem, por isso o ambiente em casa tem que ser calmo e sereno.

Tens que estar bem contigo próprio, só assim podes ajudar quem precisa.

Cada família tem a sua forma de educar, e não existe nenhuma fórmula mágica que funcione para todos.

Observa o teu filho, e percebe como podes interagir com ele da melhor forma possível, sem o expores ao ridículo, e dando o melhor exemplo possível.

Terrible two? Para quem?

Sinceramente não vejo crise dos dois anos. Vejo sim, um ser a crescer e a desenvolver-se, e que precisa de ser compreendido. E com isso vem a aquisição de novos conhecimentos, novas emoções.

A descoberta de uma identidade.

O que pensas desta fase dos dois anos?

Gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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A Escola Ideal

Passada a licença de maternidade de 6 meses, uma das grandes dificuldades que tivemos quando o L teve que ir para o berçário, foi precisamente encontrar a escola ideal.

 

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Seis meses passam num instante…para quando a extensão para, no mínimo, 1 ano, senhores políticos?

Contactámos várias entidades e fizemos algumas visitas.

Finalmente decidimo-nos, de acordo com o que sentimos que era o melhor para ele, e dentro das nossas possibilidades.

No próximo ano lectivo, vai ter que mudar de escolinha, e lá vamos nós novamente percorrer a lista das instituições que pensamos que melhor se adequam aos interesses e às necessidades do L.

Agora que está mais crescido, os requisitos da nossa escola ideal mudaram um pouco.

Mas preferencialmente tem que ser “humana”, e ter um espaço exterior para brincar livremente.

Quando refiro “humana”, significa que terá que respeitar a individualidade de cada ser, bem como as suas necessidades e o seu ritmo.

E, sobretudo, sem quadro de honra, escolarização precoce, etc. etc. etc. (a lista seria interminável…).

E no espaço exterior, tem que existir uma área sem brinquedos nem brincadeiras pré-definidas, para dar largas à imaginação.

Como se fosse uma folha de papel em branco, pronta para ser pintada como bem entendermos.

No fundo, seria um espaço em aberto, para que as brincadeiras sejam sempre diferentes, e onde se possa sujar à vontade.

Aqui, o adulto teria um papel apenas de supervisionar e garantir que as crianças não se magoem com as brincadeiras.

Mas sem imposições.

E, se possível, uma zona onde possa ter contacto com a natureza no seu estado natural.

Aqui, o nascimento das Forest School no nosso país começa a ter um papel preponderante.

A melhor escola, por vezes, é a própria natureza, cheia de ensinamentos sábios que só as crianças entendem, no seu ritmo, e na sua capacidade inata de estarem “presentes”.

A imagem que escolhi como capa para este artigo, reflecte isso mesmo.

Na nossa varanda temos uma mini-horta biológica de morangos e tomates, o que o ajuda a perceber de onde vem a comida.

Desta forma, poderá desenvolver muitas características humanitárias e sociais, ao contactar directamente com a natureza e a aprender a respeitar e a tomar conta do meio ambiente, dando-lhe também carinho e amor.

Aprenderá também a lei do retorno, em que recebemos a dobrar aquilo que damos de graça, sem segundas intenções.

Claro que o factor preço tem um papel preponderante na escolha final (infelizmente).

Mas isso não significa que a escolinha com o preço mais caro seja a melhor, muito pelo contrário.

Apesar de hoje em dia a internet dar-nos a possibilidade de saber muitas informações sobre as instituições, nada se sobrepõe à visita presencial.

É desta forma que vamos “sentir” o espaço, e principalmente as pessoas.

O falar com a futura educadora (ou educador) do nosso filho é um factor primordial.

Saber e conhecer um pouco quem é a pessoa com quem o nosso filho vai passar grande parte do seu dia é muito importante.

Afinal de contas, hoje em dia as crianças passam grande parte do dia fora de casa.

É muito importante que se sintam acolhidas num ambiente familiar, com pessoas de confiança.

Apesar de eu fazer materiais pedagógicos Montessori, e identificar-me mais com esta pedagogia de ensino, não quer dizer que não simpatize também com as outras mais conhecidas: Waldorf, Reggio Emilia, High Scope, MEM, entre outras.

Não quer dizer que Montessori está certa e as outras estão erradas.

E que, por causa disso, não exista espaço para serem aceites e introduzidas na nossa vida familiar, e no nosso quotidiano.

Apenas procuro um equilíbrio entre o que eu acho que seja o mais correcto, dentro da minha ideologia do que deveria ser a pedagogia de ensino perfeita, e absorvo um pouco de todas.

Por vezes dá vontade de juntar um pouco de todas as pedagogias de ensino e fazer uma super-pedagogia, com o melhor (ou assim pensamos) de cada uma.

Cada família tem as suas ideias definidas do que será o melhor para o seu filho,

E o que é bom para uns pode não ser para outros.

Mas mais que tudo isto, a escola é feita por pessoas, e são essas pessoas que vão cuidar do meu filho durante a maior parte do dia.

São essas pessoas que também vão incutir-lhe valores e mostrar como funciona e como se interage com o mundo.

A escola ideal é aquela que ainda não existe no presente, mas que está na mente de cada um de nós.

Cabe a nós fazermos o melhor que pudermos para a escola do nosso filho ser a melhor possível, e para que ele sinta bem.

Não começa apenas quando o vamos deixar à escola, e não termina quando o vamos buscar.

Dura o tempo que nós quisermos.

O que é a escola ideal para ti?

Deixa o teu comentário, gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Um homem e um bebé

Um homem também sabe ficar sozinho e tomar conta de um bebé.

Vou explicar-te como.

Mas sabes, só conseguimos crescer interiormente, se nos permitirmos evoluir.

Para aprofundarmos os nossos conhecimentos, existe a necessidade de sairmos da nossa zona de conforto, de ir um pouco mais além.

De absorver informação de outras fontes, sejam elas através de livros, palestras, eventos, formações, etc.

No fundo, sermos uma versão melhor do que somos hoje; sermos capazes de fazer mais e melhor, conscientemente.

Todos nós devemos ter essa capacidade e necessidade de evolução, embora o que desejamos pode não corresponder ao que realmente necessitamos.

E é de louvar quando vemos alguém a evoluir e podemos acompanhar o seu crescimento.

Mesmo que seja uma mamã: a minha companheira de vida.

No último fim-de-semana, houve a necessidade da minha companheira fazer uma formação que durou dois dias inteiros

Adivinhem quem ficou sozinho em casa?

Os dois homens da casa: o papá e o bebé!

Sim, os homens também sabem ficar sozinhos em casa com o seu bebé.

Claro que foi uma aventura.

Das boas.

Decidi que iriam ser dois dias em que também iria dar-me a oportunidade de crescer e evoluir mais um pouco como pai, e que iria ser mais uma excelente ocasião para fortalecer os laços com o meu bebé.

Com isto, optei também por deixar as coisas fluírem naturalmente

Não iria ficar aborrecido por ele não fazer o que eu achava que ele deveria fazer, às horas que eu achava que deveriam ser feitas.

No fundo, deixei-o ser quem ele é e dar a entender que era ele quem geria o que queria fazer durante o dia.

Claro, respeitando pelo menos a hora do almoço e qualquer situação mais problemática.

Existiram situações menos boas e que tive que ultrapassar, birras próprias da fase da adolescência dos 2 anos.

Muitos denominam a crise dos 2 anos, que é uma fase terrível, etc., mas terrível para quem…?.

Mas faz tudo parte do meu crescimento enquanto pai e ser humano.

E o que fazem dois homens sozinhos em casa?

Brincam (muito!), vão às compras, passeiam no jardim, fazem refeições juntos, varrem a varanda, estendem a roupa, fazem cafuné (sim, o rapaz já sabe o que é e já pede)…

 

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No fundo, fazem companhia um ao outro.

Ao passearmos e irmos às compras, é também uma excelente oportunidade para ele perceber como nos relacionamos com as outras pessoas que encontramos na rua e nas lojas.

 

bebé

 

Para perceber como o mundo dos adultos funciona, como reagimos nas mais diversas situações.

Afinal de contas, os pais são o seu modelo de referência, e é precisamente nesta fase que eles absorvem uma grande quantidade de informação, porque é tudo novo para eles.

E, claro, tenho sempre um pequeno ajudante disposto a ajudar-me a carregar com o saco das compras.

Muitas vezes ele leva apenas um saco com qualquer coisa para sentir que está a ajudar o papá, e fica todo contente.

É um desafio tomar conta deles, quando eles são pequeninos e ainda são muito dependentes da nossa presença e dos nossos cuidados.

Mas confesso que o tempo passou num instante, não dei pelas horas passarem.

É o que acontece quando estamos bem acompanhados e estamos a fazer aquilo que gostamos.

E, infelizmente, é tempo que já não volta para trás, e por isso tem que ser sempre bem aproveitado.

Claro, a Lei de Murphy tinha que entrar em acção, e num desses dias tive que mudar-lhe de roupa duas vezes, porque as fraldas não aguentaram o super-xixi!

E, embora seja uma probabilidade muito remota, o que pode ainda mais acontecer quando se muda a fralda a um bebé…?

Um xixi descontrolado, a molhar tudo e mais alguma coisa, pois claro!

 

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Os dois homens da casa começaram-se a rir.

Um, porque sabia que estava a fazer malandrices.

O outro, para disfarçar a aflição do que estava a acontecer e sem saber como a minimizar, acabou por render-se ao momento inesperado.

“De molhado não passa, e depois limpa-se”, pensei eu.

Há coisas bem piores.

A Lei de Murphy não perdoou nesse dia.

Mas uma coisa muito boa aconteceu nesse fim-de-semana: o meu bebé finalmente adormeceu comigo, na hora da sesta.

Quando estamos em casa, é a minha mulher que o adormece depois do almoço.

Agora que ele está mais crescido, está mais consciente do que quer e do que não quer, e só se deixa adormecer com a mamã, até porque ainda é amamentado.

Mas num desses dias, levei-o para a camita e simplesmente deixou-se dormir em menos de 10m, bem encostadinho a mim!

Já há muito tempo que isso não acontecia, mas desta vez sentiu que podia entregar-se e dormir descansado, porque estava com alguém com quem confiava.

Alguém que iria tomar conta do seu sono.

E se já respeitava as decisões do meu filho e as suas vontades, dei por mim a reforçar ainda mais estas atitudes.

Descrevi sempre o que lhe ia fazer e pedi-lhe permissão de cada vez que ia mexer no seu corpo, seja para mudar a fralda ou outra coisa qualquer.

Lembrei-me sempre de pedir desculpa por tocar-lhe com a mão fria.

Assim ele já estaria prevenido se isso acontecesse, e o desconforto seria atenuado.

Queremos que ele saiba desde pequenino que o corpo é dele, e que só lhe toca quem ele deixar.

Mesmo que seja o pai ou mãe.

Claro que nada é perfeito, e algumas mudas de fraldas foram feitas com birras e a contragosto.

Mas era isso ou ele andar com o rabo e as calças molhadas.

Claro que quando a campainha toca, ao final do dia, vamos os dois a correr (de alívio) para abrir a porta à mamã.

Cada um com o seu motivo!

Mais dias assim virão, cheios de surpresas boas.

Como são os teus dias com teu bebé?

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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A minha Busy Board

Já há algum tempo que o meu filho tem vindo a demonstrar que necessita de outro tipo de estímulos e que gosta de trabalhar a fazer outras actividades. O primeiro pensamento que me ocorreu foi: “Chegou a hora dele ter uma busy board!”.

Em Montessori, trabalhar é o nome que se dá a brincar.

Diz-se que a criança está a trabalhar quando está brincar, porque está a exercitar o cérebro, as capacidades emocionais, sociais, psicomotoras, etc.

Tal como todos os bebés, o meu filho sempre gostou muito de mexer nos interruptores das luzes, de abrir as portas dos armários da casa toda, de ser ele a meter a chave na fechadura da porta da rua, e por aí fora.

Penso que já percebeste onde quero chegar.

Muito provavelmente identificas-te ou identificas alguém que está a passar esta maravilhosa fase da descoberta.

Enfim, é todo um mundo novo para eles, e faz todo o sentido que o explore.

A busy board (ou painel sensorial) é um quadro que tem várias actividades para a criança explorar.

Desta forma, ajudam-na a trabalhar em várias vertentes (já mencionadas acima), inclusive a motricidade fina.

Antes de iniciar este projecto, pesquisei muito.

Inteirei-me melhor sobre o que era uma busy board, quais as suas possibilidades e quais os diferentes tipos que existem.

Reparei que existem muitos, mas mesmo muitos tipos diferentes.

Cada qual tem um conjunto de actividades diferentes, e é quase impossível encontrar duas busy boards iguais.

Até porque simplesmente o conjunto de actividades a representar é tão vasto, que seria impossível agregar tudo numa só.

Ficaria enorme, já para não dizer muito confusa.

A juntar a tudo isto, existe também uma grande variedade de cores.

Muitas delas são tão fortes que retiram a atenção da actividade em si, e centram-na no objecto.

Não era esse o caminho que queria seguir, e penso que (infelizmente) a vertente comercial tem um papel predominante a desempenhar neste tipo de busy boards

Decidi então que teria que ter muitas fechaduras, das mais diversas variedades.

E interruptores, se possível que acendam mesmo uma luz, para se ter a percepção da causa-efeito.

Fui então às compras (algumas coisas encontrei localmente, outras tive que encomendar pela internet).

Depois foi uma questão de fazer um esboço que como iria dispor os vários elementos, consoante as medidas que iriam ter e o espaço que iriam ocupar.

 

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Claro, foram necessárias várias tentativas antes de acertar, mas afinal de contas, os protótipos servem para isso mesmo: para vermos se a nossa ideia funciona realmente!

Queria também dar uma funcionalidade extra às portas, além do simples gesto de as abrir e fechar.

Claro que os bebés ficam entusiasmados apenas com o simples facto de abrir uma fechadura e a porta (e repetem vezes sem conta até aperfeiçoarem o gesto).

Mas não seria muito melhor se por detrás de uma porta, estivesse uma fotografia ou  um desenho, em vez de um simples buraco, por exemplo…?

Seria um estímulo diferente, e até recompensador.

Daí que tive a ideia de fazer as portas com as dimensões adequadas para colocar lá dentro fotografias de 10x15cm, se assim o quisesse.

Podem-se colocar lá as nossas fotografias ou as dos nossos familiares.

Ou então desenhos de animais.

E que tal contar uma pequena história através das diferentes portas?

Ou brincar ao jogo da memória, e lembrarmo-nos onde está uma fotografia ou o desenho específico?

Ou contar até 7?

Ou mostrar as primeiras 7 letras do abecedário?

A imaginação não tem limites, e neste caso, é só dar asas à imaginação.

busy board
Fotografias de animais

Claro, também não quis que todas as portas fossem iguais e que abrissem sempre para o mesmo lado.

Por isso, existem portas a abrirem em todas as direcções.

Outra questão que surgiu foi como iria colocar as dobradiças nas portas… vi as várias formas possíveis, e optei pela mais difícil e trabalhosa (porque o espaço para trabalhar é muito limitado, dado que as portas são pequenas) e que, no fundo, é como são colocadas em qualquer porta normal.

E esteticamente fica bem mais apelativo do que ter as dobradiças presas pelo lado de fora.

Os bebés têm um sentido apurado para apreciar arte e percebem o que é bonito ou feio.

Optei também por colocar interruptores com as 3 cores primárias, para ele começar também a identificá-las, e um outro que sobe e desce.

Agora um pequeno aparte… confesso que ele não liga muito a este último, e se calhar até estava a pensar um pouco em mim, porque fez-me lembrar os interruptores dos cockpits dos aviões e helicópteros…

Sim, a construção desta busy board fez viajar-me um pouco no tempo e voltei à minha infância!

E de vez em quando sabe bem imaginar que levantamos voo e ligamos o turbo…

A rodinha preta, claro, tinha que fazer parte, porque sabia de antemão que ele iria gostar de mexer e de a ver rodar.

E a aposta foi ganha, porque todos os dias é colocada a rodar…

E como ele gosta de acender e apagar as luzes cá de casa, coloquei também um interruptor normal para que ele pudesse treinar.

Mas sentia que faltava algo, um interruptor verdadeiro, onde ele pudesse realmente acender e apagar uma luz.

Optei então por um que não tivesse a luz muito forte e que desse para controlar a intensidade.

Busy board
Interruptor de luz variável

Claro, escusado será dizer que adora brincar com este também.

E o labirinto sem saída, que está em baixo? É um desafio que optei por fazer, e que até a mim me apetece brincar.

As roldanas permitem-lhe também puxar as cordas para cima e para baixo, e com as fitas de várias cores consegue ter uma percepção melhor do movimento que faz.

Além do extra que é ver as fitas a andarem.

O cadeado preto…. confesso que vai ser um desafio enorme, até porque por vezes nem mesmo nós, adultos, acertamos bem na combinação.

Mas faz também com que esta busy board tenha um tempo de vida bastante longo.

Além de que, pode-se usar este tipo de cadeado para prender as correntes, ou prender a fechadura de outra porta, por exemplo.

Em relação à estrutura em si, tive que colocar um painel traseiro para proteger não só as pequeninas mãos de irem mexer onde não devem (podendo aleijar-se), mas também as zonas onde esta busy board pode encostar (paredes, móveis, etc.).

Cá em casa, costumamos encostar a um sofá ou a um móvel.

É possível também colocar uns suportes traseiros (na parte superior) para não oscilar quando se encosta nalguma superfície vertical desnivelada (uma parede em que existe a margem do rodapé, etc.).

busy board
Busy board junto a uma parede, suportada pelos apoios traseiros (aqui vê-se que o chão está um pouco inclinado…)

Podia optar por deixá-la encostada a uma superfície sem nenhum apoio, mas os bebés são pequenos exploradores natos, e muito facilmente poderia cair-lhe em cima, ferindo-o seriamente.

Para se manter em pé sozinha, fiz uns pés de forma a sustentar toda a estrutura. Deixei também um espaço para que seja possível colocar uns pés traseiros, não vá ser necessário colocá-la nalgum sítio onde não seja possível encostá-la

Desta forma, aguenta-se sozinha.

Decidi moldá-los e dar um pequeno toque de arte, para que não sejam apenas paralelepípedos em modo bruto e sem graça.

E assim também não perdem a sua funcionalidade.

busy board
Pés elegantes

Claro que todas estas precauções não invalidam que esteja um adulto por perto a supervisionar… afinal, os bebés conseguem testar os brinquedos ao limite.

Confesso que as protecções laterais não fizeram parte do plano inicial, mas foram colocadas por sugestão (e bem) da minha mulher.

Mais uma vez, os protótipos servem para isso mesmo, para alterar o projecto à medida que se vai realizando.

E as mulheres têm sempre boas ideias.

Sempre é um resguardo extra e é menos uma zona passível de ser explorada.

Tive que colocar também uma pega, porque trata-se de um objecto com dimensões grandes e já algo pesado no seu todo, e assim fica mais portátil e fácil de manusear.

Quando chegou a casa, dissemos ao L que tinha uma surpresa à espera na sala.

Todo contente, lá foi ele ver o que era… e claro, a sua cara iluminou-se de alegria assim que a viu!

Nem sabia bem o que fazer, tal não era a quantidade de coisas novas para mexer e fazer!

Ficou, sem exagero, 20 minutos a brincar com a surpresa (como ele a baptizou)!

20 MINUTOS!

20 minutos num bebé significam umas 2 horas!

Impressionante ter-se mantido focado tanto tempo!

Claro que cada bebé tem os seus objectos preferidos, e o do L é a rodinha preta, que farta-se de rodar e nunca se cansa.

Também fiz esta busy board tendo em conta os requisitos do meu cliente.

E claro, para isso é importante seres um pai consciente, estares presente e conheceres o teu filho.

 

Artigo relacionado: A importância de ser um pai Presente

busy board
Surpresa! Aqui está um cão escondido

“O L gosta da surpresa”, repetiu vezes sem conta enquanto brincava.

E claro, encheu-me o coração ouvir estas palavras e vê-lo a brincar com algo que eu fiz, fruto das minhas próprias mãos, utilizando apenas ferramentas manuais.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Tipos de Brinquedos

Já reparaste nos mais diversos tipos de brinquedos que existem?

Será que no fundo são todos iguais e têm o mesmo propósito?

Neste artigo vou desvendar o que são brinquedos educativos, brinquedos pedagógicos e materiais pedagógicos.

Não é necessário decorares estes conceitos ou definições, mas sim perceberes que existem diferenças entre os vários tipos de brinquedos, e que cada um tem a sua funcionalidade e finalidade.

Mas afinal, um brinquedo não é apenas um brinquedo?!

Podemos pensar que, em termos genéricos, um brinquedo é apenas um brinquedo, sim.

No entanto, para sermos mais específicos, podemos dividir esta grande área nos seguintes tipos de brinquedos:

  • Brinquedo Educativo
  • Brinquedo Pedagógico
  • Material Pedagógico

 

Brinquedo Educativo

Este tipo de brinquedo caracteriza-se por proporcionar uma brincadeira “livre”

Ou seja, as poucas regras que existem são muito claras e o bebé/criança pode usar o brinquedo sem a intervenção de um adulto para o corrigir. A presença do adulto é apenas necessária para garantir que o bebé/criança não se magoa com o brinquedo.

Permite desenvolver, principalmente:

  • A coordenação motora
  • A percepção de sons e cores
  • O foco
  • A imaginação

Exemplos deste tipo de brinquedos são:

  • Jogos de encaixe
  • Instrumentos musicais
Tipos de brinquedos
Painel Sensorial, ou Busy Board

 

Artigo relacionado: A minha Busy Board

 

Brinquedo Pedagógico

A presença de um adulto é necessária para explicar quais as regras deste tipo de brinquedo, pois a criança necessita de conhecê-las para brincar. As regras a cumprir são mais específicas que na utilização dos brinquedos educativos.

Permite, sobretudo, desenvolver:

  • O raciocínio
  • A memória

São exemplos deste tipo de brinquedos:

  • Jogos de tabuleiro
  • Jogos com letras e números

 

Material Pedagógico

Distingue-se do brinquedo educativo e do brinquedo pedagógico por ter sido estudado em pormenor para que a criança o possa manipular de forma a educar os seus sentidos específicos, tais como o da percepção:

  • do peso
  • da textura
  • da cor
  • da dimensão
  • do cheiro
  • do som

 

e é aplicado à pedagogia específica de ensino.  Desta forma, exige a presença de um adulto para supervisionar e esclarecer como se usa o material, já que existem regras muito claras e específicas de como se usa, e de como se deve mostrá-lo à criança.

Os exemplos mais conhecidos, da pedagogia de ensino Montessori, são:

  • A Torre Rosa
  • A Escada Castanha

 

O principal conceito a reter é que, se somos adeptos de uma ou mais pedagogias de ensino, é importante percebermos que materiais pedagógicos fazem parte dessa pedagogia, e que existem distinções.

A maior parte dos tipos de brinquedos que conhecemos, os mais genéricos e se calhar os que são mais fáceis de encontrar, são os brinquedos educativos e os pedagógicos.

E, por vezes, o melhor brinquedo é sair da rotina de casa, apanhar ar fresco, e brincar sem regras, livremente.

E se o teu filho se sujar? Significa que brincou muito!

 

Também existem pais que, ao identificarem-se com uma metodologia de ensino, apenas procuram mostrar aos seus filhos materiais daquela metodologia específica.

E está tudo bem, se assim for.

Mas mais importante que isso, é observares o teu filho e perceberes o que ele mais necessita.

Perceber em que fase de desenvolvimento está neste momento, e qual o brinquedo/material que lhe fará mais sentido manipular nessa fase que atravessa.

 

Artigo relacionado: A importância de ser um pai Presente

 

Cá em casa, identificamo-nos mais com a metodologia de ensino Montessori.

Contudo, não somos extremistas, e procuramos mostrar várias opções para o nosso filho, sejam eles brinquedos educativos, pedagógicos ou materiais pedagógicos.

Gostaria apenas de ressalvar que esta é a minha opinião pessoal, que também foi fundada através de pesquisas efectuadas.

O limiar entre cada conceito poderá ser muito ténue, e por vezes até se poderão misturar um pouco, originando alguma controvérsia saudável.

 

Infelizmente, também eu, na maior parte das vezes, tenho dificuldade em tentar fazer-me entender quanto falo com alguém que não está muito por dentro deste assunto.

Não é fácil explicar as diferenças entre brinquedo e material pedagógico, porque são conceitos que estão um pouco misturados, e o mais comum é utilizar a palavra “brinquedo” para qualquer coisa.

Agora que já sabes… olha para bem os brinquedos que tens em casa. Que tipo de brinquedos/materiais tens?

Já tinhas pensado nestes conceitos?

Gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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