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Segurança nos Brinquedos – EN 71 e COVs

Segurança nos brinquedos??

Sim, existe, e vou falar-te dos principais perigos que deves evitar para que o teu bebé, tu e mundo sejam mais saudáveis.

Não precisas decorar as siglas, mas sim entender o que está por detrás de cada uma delas.

E, principalmente, o quanto te podem ajudar nas próximas compras que fizeres.

Vou explicar o que são e o que representam, bem como os testes de qualidade a que estão relacionadas.

Como “amigos” muito próximos das crianças, os brinquedos são muito importantes para o seu desenvolvimento físico e intelectual.

Contudo, os brinquedos que revelem algum risco de segurança, podem causar sérios danos e problemas de saúde às crianças.

Vários países da União Europeia e do mundo inteiro (EUA, China, Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, etc.) adoptaram requisitos de segurança, e têm as suas normas específicas.

A EN 71 é uma norma europeia responsável pela especificação dos requisitos de segurança para brinquedos.

Esta norma é dividida em 13 partes, sendo que cada uma delas representa um teste a uma característica única do brinquedo.

A parte que interessa aqui focar é a número 3 (doravante EN 71-3), que é responsável pela especificação da migração de certos elementos (neste caso, os metais pesados).

O que significa isto?

Os metais pesados são utilizados, de uma forma comum, nos materiais em estado bruto que se encontram presentes nos brinquedos, nos colares, nas pulseiras, etc.

À medida que se vão acumulando no corpo humano, apresentam um grande risco para a sua saúde.

A comunidade internacional validou uma série de normas de segurança para restringir e controlar o uso de metais pesados nos brinquedos.

A EN 71-3 define os limites máximos dos elementos migrados nos materiais acessíveis, ou nas partes dos brinquedos.

Exemplos de elementos migrados: arsénico, bário, cádmio, crómio, chumbo, mercúrio, estanho, cobre, níquel, entre outros.

Dizem-se “elementos migrados”, porque referem-se aos solutos (substâncias que podem ser dissolvidas) extraídos dos materiais dos brinquedos, após um contacto contínuo com o ácido gástrico.

Estes elementos encontram-se nas tintas e vernizes, por exemplo, ou noutras substâncias da mesma natureza.

Em Junho de 2018, o Comité Europeu de Normalização (CEN) publicou uma adenda a esta norma.
A mudança vital nesta adenda, é essencialmente a alteração dos limites de migração destes elementos em conformidade com a Directiva (UE) 2017/738. De acordo com esta Directiva, os novos limites já entraram em vigor em 28 de Outubro de 2018, e são muito mais restritos.

E os brinquedos que são importados da China?

Pois bem, a compatibilidade com a EN 71-3 é um requisito obrigatório quando se importam brinquedos para a União Europeia.

Muitos importadores não entendem que a compatibilidade com esta norma é mais complexa do que se possa pensar.

Muitas lojas (na internet e não só) vendem materiais pedagógicos importados da China, e podem não ter esta preocupação em mente.

Simplesmente porque não se interessam, ou por desconhecimento.

Mas é um factor que tem que se ter em atenção.

Por isso, escolhe bem os brinquedos (ou materiais pedagógicos) para o teu filho.

Mesmo que sejam só de madeira, não tenham nenhuma parte electrónica nem mecânica ou de metal, o mais provável é que sejam pintados ou envernizados.

 

Artigo relacionado: O perigo escondido das tintas

 

A tinta, o verniz ou o óleo são certificados pela EN 71-3?

Muitos fabricantes de tintas (se não a maior parte deles), publicitam que as suas tintas são amigas do ambiente (incluem muitas vezes a etiqueta “ECO” para chamar a atenção) e são próprias para pintar a mobília dos quartos das crianças, etc., mas será que esta tinta corresponde a estes requisitos?

Sempre que comprares um brinquedo ou material pedagógico, pergunta (e insiste, se não te responderem na tua primeira insistência, ou se a resposta não for satisfatória):

  • Qual a origem do mesmo, onde foi feito?
  • As tintas e os vernizes são certificados pela EN 71-3?

É muito importante, para a tua saúde e para a saúde do teu filho.

cilindro de pinça pincer grasp
O meu filho a brincar com materiais pedagógicos Montessori feitos artesanalmente por mim, com acabamento com óleo certificado pela EN 71-3

Muitos fabricantes também publicitam que os seus produtos (sejam brinquedos, materiais pedagógicos, etc.) são posteriormente tratados com tinta aquosa, óleo natural, cera natural, ou até goma-laca.

Não estou a colocar em causa que não são produtos naturais e amigos do ambiente, mas…terão as certificações exigidas? Foram sujeitos a testes de laboratório, para que seja seguro o teu bebé mexer e colocar na boca?…

Os Compostos Orgânicos Voláteis (COVs, ou VOCs em inglês), são também um dos poluentes mais perigosos.

Alguns emissores de COVs são tão perigosos que são tóxicos e podem ser considerados carcinogénicos, ou seja, que podem dar origem a um carcinoma (tumor cutâneo).

A inalação prolongada deste tipo de emissores é um dos grandes factores de risco, e torna-se um grande perigo para a saúde humana, podendo causar sérios riscos e malefícios.

Infelizmente, é muito fácil encontrar os COVs, principalmente nas nossas casas.

Mas o que são, afinal, os COVs, e onde estão presentes?

Os COVs são componentes químicos que geralmente evaporam à temperatura e pressão ambiente.

Desta forma, dão origem a partículas voláteis que são libertadas para a atmosfera sob a forma de gás.

Esta libertação acontece de uma forma muito gradual, sendo imperceptível aos nossos olhos.

São perigosos não só para o ser humano, mas também para o meio ambiente.

São bons solventes (substância que permite a dispersão de outra substância) e extremamente eficazes para dissolver tintas.

Por isso mesmo são encontrados nos meios internos de construção, onde a ventilação não é a mais eficaz.

Estão presentes nos produtos sintéticos e naturais, como sejam os vernizes e solventes de tintas.

Além disso, existem também nos produtos de limpeza, repelentes, cosméticos, pesticidas, cola, combustíveis, papéis de parede, carpetes, etc.

O problema intensifica-se quando são libertados num ambiente fechado, como por exemplo numa casa: pode fazer com que as pessoas inalem uma concentração elevada destes vapores.

Destas inalações prolongadas podem resultar sintomas menos graves, tais como:

  • irritação da garganta, do nariz e dos olhos
  • problemas de respiração

Os sintomas mais graves poderão ser mais problemáticos:

  • náuseas
  • vertigens
  • fadiga
  • problemas nos rins e no fígado

Os sintomas variam muito de um produto para outro, consoante também o tempo de exposição.

Os efeitos dos COVs são particularmente difíceis de detectar de uma forma directa, porque dependem muito das quantidades absorvidas e do tempo de exposição.

Os COVs que estão presentes nos fumos dos cigarros, nos carros e combustíveis, por exemplo, podem causar cancro.

Na atmosfera, este tipo de composto pode surgir através da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel e querosene, entre outros).

Desta forma, originam a famosa neblina de poluição que já se vê nalguns países (o famoso “smog”, ou seja, nevoeiro contaminada por fumaças).

São, por isso, considerados gases com efeito de estufa, ocasionando o aumento da concentração de ozono.

Isso significa que é responsável, em parte, pelo aumento da temperatura do planeta.

Para além do aquecimento global, ou seja, o aumento da temperatura média global do planeta, os COVs podem também contribuir para a poluição da água.

Isto pode acontecer quer por contacto directo do ar, quer pela absorção das argilas e lamas através das quais a água corre.

brinquedos
“Smog”

 

Por isso, todas as espécies (animais e vegetais) são afectadas pelos poluentes como o ozono.

As tintas são também uma das grandes formas de propagação dos COVs, através dos seus solventes.

Cada vez mais os fabricantes de tintas estão a apostar nas tintas que são à base de água e não têm solventes sintéticos.

Mas isso não significa que sejam certificadas para uso em brinquedos ou materiais pedagógicos.

Por isso, tem atenção com o tipo de tinta que usas para pintar as paredes da tua casa, e que estão também presentes nos brinquedos e materiais pedagógicos do teu filho.

Apesar da emissão dos COVs ser regulada e existir um valor máximo permitido por lei, este é um factor a ter em conta.

Tenta sempre perceber qual o valor de COVs que a tinta que vais usar para pintar a tua casa tem

Ou se o brinquedo/material pedagógico foi pintado com uma tinta certificada e com o valor mínimo de COVs.

Pergunta sempre que queiras saber mais, é um direito teu.

 

O ideal será uma tinta certificada pela norma EN 71-3, que não tenha COVs, não tenha solventes, não tenha cheiros e não tenha metais pesados.

 

Esta informação fo útil para ti?

Já tinhas pensado nisto?

Se  achares relevante, por favor partilha com o maior número possível de pessoas, e deixa o teu comentário.

Gostaria de saber a tua opinião.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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Fraldas, Babywearing, e outras coisas mais

Mesmo antes do nosso filho nascer, decidimos que não seríamos uns pais “normais”. Com isto, quero dizer que procuraríamos saber o maior número de informações possíveis para dar-lhe o melhor conforto, quando ele chegasse. Mesmo que isso implicasse tomar atitudes que saíssem um pouco fora do comum, incluíndo usar fraldas reutilizáveis.

Iríamos dar o melhor para o nosso filho.

Uma das primeiras medidas foi que ele dormiria no nosso quarto, num berço, durante muito tempo.

E que teria que haver uma lateral do berço sem protecção, porque não gostamos dos berços com grade a toda a volta.

Por várias razões:

  • Parece que o bebé está numa jaula
  • Retira-lhe liberdade e autonomia
  • Como ele mama, torna-se muito complicado dar de mamar nestas condições, porque cada vez que ele acordasse seria necessário a mãe levantar-se da cama, levantá-lo e retirá-lo do berço. A logística seria muito complicada

Começámos com um berço cuja lateral retirava-se e assim acoplava-se à cama. Era o ideal, já que quando ele acorda de noite com fome, ninguém se precisa levantar. Está à distância de um braço (por vezes nem tanto) e torna-se assim muito mais fácil acalmá-lo. Assunto resolvido!

O problema foi quando ele começou a crescer, a ganhar peso, e o berço deixou de servir, por razões de segurança.

Procurámos por um berço maior com as mesmas características, mas simplesmente não encontrámos, ou eram muito caros.

Resolvemos então improvisar.

Deram-nos um berço normalíssimo, daqueles em madeira, com grades a toda a volta. Mas como uma das laterais sobe e desce, improvisámos e retirámo-la, ficando assim um berço apenas com uma lateral. Acoplámo-lo ao estrado da nossa cama com umas fitas do berço antigo, para que não deslize, e voilá! Ficámos com um berço em boas condições e que irá servir durante muito tempo.

Ajuda-nos em todos os sentidos e evita choros desnecessários, porque:

  • Ele sente-se mais seguro porque está mesmo ao pé dos pais
  • É mais fácil ajudá-lo
  • Se está com fome, não é necessário a mãe levantar-se
  • Ajuda-o a ter mais autonomia, porque pode sair do berço para a nossa cama, e daí para o chão (desde muito cedo que lhe mostrámos como sair da nossa cama e de zonas altas sem se magoar)
  • Pode dormir agarrado à mão do papá

Cada família tem a sua rotina e sabe o que é melhor para si e para o seu bebé, e para nós sempre sentimos que fazia sentido o nosso bebé ficar connosco no quarto, mesmo após os 24 meses. Muitas famílias decidem mudá-lo para o seu quarto após algum tempo, para terem alguma qualidade de sono, mas pensemos bem… quando o bebé acordar a chorar de noite, quanto tempo vão demorar a decidir quem se vai levantar para ir ver o que se passa? Se é fome e se ele ainda mama, a coitada da mãe é sempre a mais prejudicada e tem que levantar-se uma ou mais vezes. Já para não falar que, desta forma, tem sempre que ficar alguém no quarto dele a adormecê-lo.

Também já ouvi dizer que, quanto mais tarde o bebé ficar no quarto dos pais, mais dependência ganha e é pior para eles, porque depois vai custar mais quando fizerem a transição.

Muito sinceramente, é algo que não nos preocupa, porque sentimo-nos bem assim e somos felizes. Quando essa altura chegar, logo se verá como esta questão será abordada.

A forma como o nosso filhote iria ser transportado nos passeios a pé também iria ser diferente do “normal”.

Experimentámos o babywearing e não queremos outra coisa.

Nós e ele.

Se o bebé passou 9 meses na barriga da mãe, embalado pelo seu andar e a ouvir o seu coração, por que razão haveria de ser diferente depois de nascer?

Já para não falar que a conexão é muito maior, porque sente o nosso coração e fica mais calmo.

 

 

E as dormidas? Que belas sonecas que ele fez ao nosso colo, fica embalado num instante!

Se fores pai de um bebé, tens que experimentar, porque não vais querer outra coisa.

Acredita.

Partilhares a experiência de carregar o teu bebé depois de ele nascer, e adormecê-lo desta forma é algo inexplicável.

Não são só as mães que têm que suportar o seu peso na gravidez. Nós, homens, também devemos assumir o nosso papel e continuar a carregá-los também.

Quando vamos às compras (ao supermercado, principalmente), reparamos que as pessoas que levam os bebés nos seus carrinhos, têm dois carrinhos para gerir: o das compras e o do bebé.

Nós conseguimos ser muito mais eficientes e rápidos, porque não estamos condicionados: só temos o carrinho das compras para conduzir.

Tentámos uma vez passear com ele no carrinho, mas foi a chorar o caminho todo e desistimos.

Começámos com um pano (também tínhamos um sling, mas demos pouco uso), e depois transitámos para uma mochila, quando começou a ficar crescido.

Haviam de ver a cara de espanto das pessoas na rua, parecíamos uns extra-terrestres, a passear o nosso bebé desta forma! Ainda por cima um homem a fazer isso, onde é que já se viu…?

E desta forma também sentimos que ele vai mais protegido, e consegue ver as vistas na mesma.

Foi, sem dúvida, uma boa aposta.

A questão das fraldas também foi uma das nossas grandes preocupações.

Queríamos evitar ao máximo a utilização das fraldas descartáveis, por várias razões:

  • Porque é um negócio (antigamente não existiam)
  • Porque têm químicos que não fazem bem à pele do bebé
  • Porque prejudica o meio-ambiente
  • Porque gasta-se muito dinheiro

Resolvemos então apostar nas fraldas reutilizáveis.

 

fraldas

 

Confesso que no início, não foi fácil a adaptação.

Envolveu alguma pesquisa e muitas tentativas.

Existem alguns tipos de fraldas, muitos tipos de absorventes, etc.

Por vezes sentimos que dávamos um passo à frente, para logo a seguir dar dois passos atrás.

Estivemos quase a desistir, mas a perseverança deu os seus frutos e conseguimos encontrar a nossa fórmula mágica.

A que resultou com o nosso bebé.

E valeu bem a pena, porque desde que usa estas fraldas reutilizáveis que não sabemos o que é uma assadura na sua pele.

O mérito é todo da minha mulher, que desde cedo informou-se o melhor possível sobre este novo mundo das fraldas reutilizáveis.

Até temos uma fralda comemorativa do aniversário do príncipe de Inglaterra!

Mais parece o lançamento das colecções de selos.

Digam lá o que disserem, eles até ficam muito mais engraçados com estas fraldas.

Existem para todos os gostos e feitios.

No fundo, vêm colmatar as desvantagens das fraldas descartáveis: são 100% naturais, amigas do meio-ambiente, não provocam assaduras na pele do bebé, e compram-se apenas uma vez.

Depois, é só lavar na máquina da roupa (claro, o cócó vai para o lixo…).

A escolha da alimentação também foi primordial, porque não queríamos que ele seguisse uma alimentação errada logo desde o início.

Quando crescer, terá muito tempo para fazer uma alimentação desequilibrada.

Assim, decidimos seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e amamentar em exclusivo até aos 6 meses, introduzindo depois a alimentação complementar, mantendo a amamentação até aos 2 anos ou mais (decidimos que será até quando ele quiser).

Quando chegou à fase da introdução aos alimentos sólidos, claro, fomos mais uma vez uns pais “anormais” e experimentámos o Baby Led Weaning (BLW).

fraldas

 

O BLW não é mais do que a introdução à alimentação complementar (mantendo sempre o leite materno), deixando que o bebé tome a iniciativa de escolher ele próprio quais os alimentos (sempre sólidos) que quer comer. Não existe qualquer ajuda dos pais. Ele simplesmente começa a agarrá-los com as mãos e come o que escolher.

Claro que depois surgem as tais questões de que o bebé pode sufocar se a comida ficar presa na garganta, etc. Mas se houver cuidado em cortar os alimentos nas proporções correctas, tal não acontecerá. E se acontecer, o próprio bebé tem o reflexo de expelir a comida. Claro que tem que estar sempre um adulto ao pé, e temos que estar sempre prevenidos para o pior, mas connosco tal nunca aconteceu. Seja como for, aconselho muito o curso de Primeiros Socorros Pediátricos que fizemos, e ainda bem que nunca pusemos em prática os conhecimentos adquiridos…

Posso testemunhar que é uma festa de cores ver o nosso bebé comer com as mãos!

Ah! E preparem-se, porque ele vai ficar sujo de comida nos lugares mais impensáveis! Mas nada que depois não se limpe. Ainda me lembro quando começou a comer manga… a cara dele quase ficou irreconhecível! Mas adorou e quis repetir.

Só vi vantagens em começar com o BLW:

  • O bebé ganha mais autonomia porque escolhe o que quer comer e em que quantidade
  • Pode sentar-se connosco à mesa e começar a comer ao mesmo tempo que nós também estamos a comer. As refeições em família começam a ganhar um significado diferente
  • Como a sua alimentação é mais equilibrada e a comida não tem sal, começamos também nós a fazer uma alimentação diferente. No fundo, quase se pode dizer que somos nós que o acompanhamos, ao invés do contrário

Experimenta com um alimento para ver o comportamento do teu bebé. Aos poucos também vais-te apercebendo do que ele gosta e começas a variar a tua alimentação.

Estes são alguns dos pontos que nos tornam diferentes da maior parte dos outros pais, mas que nos tornam felizes, porque o nosso bebé é feliz desta forma.

E tu, és um pai/mãe E.T.?

Obrigado pela tua presença.

 

 

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O perigo escondido das tintas

Tal como os óleos e os vernizes, as tintas também têm um perigo escondido e que é prejudicial para a saúde do teu filho, da tua casa, e do meio ambiente.

Infelizmente, não é do conhecimento geral, e muitas pessoas não se preocupam com a qualidade da tinta utilizada.

Neste artigo vou esclarecer quais os principais cuidados a ter na escolha de materiais de madeira que sejam pintados.

Existem muitos tipos de tintas, mas muito provavelmente as que se usam mais são as tintas acrílicas (à base de água) e as tintas a óleo (tal como nome indica, à base de óleo).

De um modo geral, o tipo de tinta escolhida tem como factor primordial a superfície que vai ser pintada: parede, chão, madeira, ferro, etc.

Normalmente, não existe interesse em perceber qual a tinta utilizada, desde que o material esteja bem pintado. Muitas vezes, isso pode acontecer devido à falta de informação.

Outras vezes porque vivemos numa sociedade de (cada vez mais) consumo rápido, e queremos as coisas feitas para ontem, não interessa como.

Mas o meio-ambiente sai prejudicado.

O meio-ambiente onde TU e a TUA família vivem, saem prejudicados.

A longo-prazo, TU e a TUA família também vão sofrer as consequências resultantes de uma má escolha feita no passado, quando a pressa era inimiga do bem-estar.

Uma das características das tintas que permite identificar se as tintas são ecológicas e se é seguro utilizá-las, são os Compostos Orgânicos Voláteis (COVs).

De uma forma resumida, os COVs são um conjunto de substâncias químicas que evaporam à temperatura e pressão ambiente, prejudiciais à saúde das pessoas e meio ambiente. Existem em repelentes, tintas, cola, combustíveis, produtos de limpea, etc. Como são libertados de uma forma lenta, e ao longo de vários anos, não é visível a olho nu. Estão associados a eczemas, alergias, etc.

Uma forma de controlar os COVs é através do seu valor, em que um valor nulo é o ideal.

Os COVs são um grande contributo para a poluição da baixa atmosfera, e o uso destes componentes ajudam ao aquecimento global.

A emissão dos COVs é legislada pela União Europeia, e o valor limite são até 100 g/L (colocar link). Este valor vem discriminado no rótulo dos produtos (tintas, vernizes), mas muitas vezes é ignorado, infelizmente.

 

Artigo relacionado: Segurança nos Brinquedos – EN 71 e COVs

Um mito que gostaria de esclarecer é em relação ao cheiro.

Diz-se que o acabamento é nocivo quando tem cheiro. Mas é preciso não confundir o cheiro com a toxicidade. O acabamento pode ter algum cheiro resultante dos produtos naturais utilizados. No entanto, desaparece com a utilização e com o passar do tempo.

Mas, se tiver as certificações recomendadas, é livre de químicos tóxicos.

Certifica-te também que os materiais de madeira que comprares deverão garantir a ausência de metais pesados (conforme a norma para brinquedos EN 71-3), com tintas certificadas para o efeito. Assim, a criança, suscetível de encostar a boca nos móveis, por exemplo, não corre nenhum perigo.

Muito resumidamente, a norma EN 71-3 é uma norma europeia que regulariza a percentagem de metais pesados (chumbo, cobre, arsénio, etc.) presentes num produto (tinta, óleo, verniz).

 

Artigo relacionado: O verniz ou o óleo são bons para o teu bebé morder?

 

Um dos casos mais fulcrais são os produtos provenientes do mercado oriental. Já referi aqui que não pretendo denegrir a imagem deste tipo de produtos que são vendidos em grandes superfícies de lojas online.

Mas se reparares bem, a qualidade dos acabamentos deixa sempre muito a desejar. Raramente é especificado qual o tipo de tinta utilizada. Muitas vezes referem apenas que é tinta aquosa. Só que isso não significa que tenha as certificações e os requisitos acima mencionados. Significa apenas que o solvente utilizado (um solvente é uma substância que dissolve outra substância) na fabricação da tinta é aquoso, ou seja, que a tinta é diluível em água.

 

A toxicidade pode continuar presente.

 

Resumindo, a tinta ideal é aquela que é totalmente livre de solventes, sem COVs e com a certificação EN71-3.

É a ideal para teres na tua casa, particularmente no quarto do teu filho, cozinha, etc. Especialmente se algum membro da tua família é mais sensível a este tipo de químicos ou sofre de asma ou tem um fundo alérgico.

Os berçários, creches e infantários também deveriam preocupar-se com este problema.

Especialmente os berçários, em que os bebés são mais sensíveis.

Muitas tintas dizem que são amigas do ambiente, ou amigas da criança. No entanto, será que cumprem com todos estes requisitos?…

Se te preocupas com a tua saúde, a saúde do teu filho e do meio-ambiente, procura saber mais informações a quem vende materiais e produtos de madeira.

Questiona sempre que puderes.

Muitos produtores e (re)vendedores não têm sequer consciência destes requisitos, por desconhecimento ou por desinteresse. Mas se todos nós começarmos a questionar e a comprar de uma forma mais consciente, a consciencialização global vai aumentar.

 

Tinhas conhecimento desta informação?

Deixa o teu comentário e partilha.

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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O verniz ou o óleo são bons para o teu bebé morder?

Quando vais comprar algo feito em madeira, já deves ter reparado que, na maior parte das vezes, na descrição do produto está referenciado o tipo de acabamento utilizado (óleo natural, verniz, etc.). Para o mais desatento, isto até pode passar despercebido porque pode parecer insignificante. E, afinal de contas, só queremos mesmo é que o produto esteja em excelentes condições. Mas será que o verniz ou o óleo são bons para o teu bebé morder?…

Porque é que é precisas saber esta informação?

Apenas para perceberes que, quando estás a comprar um produto feito em madeira, tem que ter o acabamento correcto, quer seja para um bebé ou para uma criança.

O tipo de acabamento não nos interessa: “Não percebo muito disso e qualquer coisa serve”, podemos pensar.

Mas será que é mesmo assim…?

Para quem não está muito por dentro do assunto, pode até existir alguma confusão quando se fala num produto que tenha sido acabado com verniz ou com óleo, o que pode provocar algum desinteresse adicional.

(“Acabar” um produto, significa dar um acabamento, ou seja, protegê-lo da melhor forma para que a sua forma natural seja preservada e dure o mais tempo possível. Essa protecção pode ser feita de várias formas, mas as mais comuns são com verniz, óleo, goma-laca ou tinta.)

 

Artigo relacionado: O perigo escondido das tintas

 

Para já, vou apenas focar-me nos acabamentos que utilizem óleo ou verniz.

 

Verniz

O verniz deixa uma película de protecção na superfície da mesma, podendo dar até uma sensação um pouco “plástica” ao produto final. Esta designação vem do facto de não ser possível sentir a textura da madeira.

Por exemplo, considera a aplicação de verniz num produto feito em madeira maciça de pinho (madeira de cor clara e macia) ou em madeira maciça de nogueira (madeira de cor escura e semi-dura).

A sensibilidade ao toque é a mesma em qualquer uma destas espécies, já que o que estamos a tocar e a sentir é o próprio verniz em si, e não a madeira.

 

O verniz ou o óleo são bons para o teu bebé morder?
Exemplo de onde como o verniz fica aplicado à superfície da madeira

 

De um modo geral, este até pode ser um pouco mais duradouro que o óleo, mas não tem uma manutenção tão fácil.

Com a utilização regular, o verniz pode desgastar-se ou danificar-se nalgum sítio. Claro que estas situações não ocorrem com muita facilidade, mas é uma preocupação a ter em conta.

Como fica à superfície da madeira, o verniz pode ser utilizado também para proteger uma peça que tenha sido pintada com uma determinada cor.

Daí que o verniz não seja o acabamento indicado para os produtos que vão ser colocados na boca dos bebés. Existe uma fase em que os bebés sentem necessidade de colocar tudo na boca.

Porque estão aflitos com o aparecimento dos primeiros dentinhos.

Ou porque, numa fase mais primordial, faz parte da forma como interagem com o mundo físico (para sentirem as formas, dimensões, texturas, etc).

Não vais querer que o teu bebé trinque o verniz, pois não…?

Exemplos de uso: Estruturas de exterior, protecção elevada contra variações de humidade, camada de protecção sobre tinta, mobiliário que implique grande stress mecânico (escadotes), etc.

 

Óleo

O óleo natural, ao contrário do verniz, penetra na madeira e impregna-a.

Além de a nutrir e proteger, também realça a sua textura e cor natural.

Desta forma, é mais fácil de reparar que o verniz.

 

O verniz ou o óleo são bons para o teu bebé morder?
Exemplo de como o óleo fica impregnado na madeira

 

Tal como o verniz, também é necessário aplicar cerca de duas camadas, sendo necessário polir bem todas as peças de madeira entre cada camada.

Alguns tipos de óleos são específicos para mobiliário, tampos de mesa, tampos de bancadas de cozinha, etc. São óleos com uma forte durabilidade, que deixam respirar a madeira e ao mesmo tempo são electroestáticos.

Ou seja, repelentes ao pó e fáceis de limpar.

Certifica-te também que o óleo utilizado é um óleo natural.

Ou seja, se é feito com produtos naturais (óleo de linhaça, óleo de casca de citrinos, argila, giz, etc.) e não com químicos. No fundo, que seja isento de qualquer químico nocivo para a nossa saúde.

O ideal é que o óleo tenha também a certificação de ser resistente à saliva e suor.

Fica clara a razão do óleo ser mais recomendado para utilizar em produtos que o teu bebé possa levar à boca e morder?

Não há o perigo do bebé trincar o óleo.

 

Aliás, vou contar-te uma história em relação ao óleo que uso…

Certo dia, apliquei-o numa peça de madeira, e estava a experimentá-lo para ver era realmente seguro.

Como é que fiz?

Simples, fiz aquilo que qualquer bebé faria: coloquei a peça de madeira na boca e trinquei-a.

Não só isso, mas lambi-a e manipulei-a até ter percebido que, realmente, era seguro 🙂

Claro que entretanto a minha mulher apareceu e perguntou com uma cara de surpresa o que eu estava a fazer…

Sabes aqueles momentos constrangedores, que têm uma explicação simples, mas não consegues logo explicar?!

 

Um mito que gostaria de esclarecer é em relação ao cheiro.

Diz-se que o acabamento é nocivo quando tem cheiro. Mas é preciso não confundir o cheiro com a toxicidade. O acabamento pode ter algum cheiro resultante dos produtos naturais utilizados. No entanto, desaparece com a utilização e com o passar do tempo.

Se tiver as certificações recomendadas, é livre de químicos tóxicos.

Resumindo, as principais diferenças são:

Verniz

Óleo Natural

  • Cria uma película protectora
  • Não existe muita sensibilidade ao toque
  • Mais recomendado num ambiente com grandes variações de humidade ou sujeito a líquidos de vários tipos de álcool
  • Pode ser utilizada como camada protectora de um produto pintado
  • Impregna a madeira
  • É possível sentir a textura da madeira
  • Realça a cor natural
  • Recomendado a utilizar em objectos que os bebés levem à boca
  • Pode ser utilizado em estruturas de interior (e alguns até de exterior)

 

 

Em relação à segurança para a saúde e meio ambiente do próprio verniz e óleo natural, o recomendado é que ambos tenham os COV´s (Compostos Orgânicos Voláteis) nulos (ou muito perto disso), e com a certificação da norma europeia de segurança para brinquedos de criança (EN 71, parte 3).

 

Artigo relacionado: Segurança nos Brinquedos – EN 71 e COVs

 

Lembra-te desta certificação e que é muito importante que esteja presente nos produtos de madeira que são vendidos, e que tenham os acabamentos indicados.

Os vernizes e óleos com estas certificações foram sujeitos a testes rigorosos num laboratório europeu, que estão relacionados (entre outras coisas) com a quantidade de materiais nocivos (chumbo, arsénio, etc.). Tudo coisas que não queremos perto dos nossos filhos nem na nossa casa.

Muitos vendedores apregoam que foi utilizado um verniz à base de água, e que isso é o suficiente.

Mas não é.

O que isso quer dizer é que o solvente (substância que dissolve outra substância) utilizado é a água, mas não quer dizer que tenha as certificações que mencionei e que é amigo do ambiente… fica atento quando leres estas informações!

Por isso, na tua próxima compra de um produto feito em madeira, pergunta.

Faz todas as perguntas que fizerem sentido para ti, para que saibas o máximo de informação possível acerca do produto que estás interessado(a) em comprar.

Nem todas as pessoas sabem responder às questões, e podem até ficar admiradas por existirem tantas interrogações na compra de um simples produto.

Mas penso que é normal quereres saber como foi feito, e qual o tipo de acabamento utilizado, não?

Afinal de contas, o teu filho agradece, e o meio ambiente também.

Exemplo disso são os produtos que podemos encontrar à venda na internet, e que provêm do mercado oriental. Não tenho nada contra este tipo de mercado, mas concerteza que já reparaste que os produtos são mais baratos, e que têm bom aspecto.

O que isso significa é que a mão-de-obra é mais barata, e a madeira e os acabamentos não são os ideais e não se adequam aos teus requisitos.

Faz sentido comprares um produto de qualidade inferior, poupando algum dinheiro, mas a saber que estás a prejudicar o meio ambiente e a colocar em risco a saúde do teu filho?

Agora, vou contar-te um segredo…

O segredo de um bom acabamento está directamente relacionado com a qualidade do produto final (antes de ser aplicado o acabamento), e com o tempo despendido no próprio acabamento.

Que quer isto dizer?

Quer dizer que o produto, antes de ser acabado, tem que ter todas as faces de todas as peças suaves ao toque. Se esta fase for cuidadosamente feita, é um bom indicador para que não existam surpresas desagradáveis na aplicação do próprio acabamento (o que poderia atrasar ainda mais este processo).

E também para que a sua aplicação resulte num produto com uma elevada qualidade.

A aplicação do acabamento em si, tem que exigir alguma destreza e perícia extra, pois requer também a utilização de ferramentas próprias.

Além disso, é sempre necessário aplicar, pelo menos, duas camadas, para que a sua aplicação fique bem feita.

Por vezes pode até ser necessário lixar as peças todas entre as aplicações de cada camada. A juntar a isto, há que esperar que a primeira camada seque totalmente, para que seja possível dar uma nova camada.

Vendo bem, o tempo despendido nestas fases, pode muito bem ser o mesmo tempo que foi utilizado para produzir o próprio produto! (dependendo do tipo de produto que se esteja a fazer, claro).

É necessário ser exigente e rigoroso com a qualidade final do mesmo.

Não só por uma questão de ética e bom senso, mas porque são bebés e crianças que vão mexer nestes materiais. Todo o cuidado é pouco.

 

Espero que esta informação tenha sido útil para ti, e que tenha ficado clara a diferença entre verniz e óleo, e qual o melhor para o teu bebé morder sem problemas.

Já alguma vez tinhas pensado nisto? Já te tinhas apercebido deste perigo escondido?

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Afinal de contas, não sabemos o que não sabemos, certo?…

 

Obrigado pela tua presença.

 

 

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