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Segurança nos Brinquedos – EN 71 e COVs

Segurança nos brinquedos??

Sim, existe, e vou falar-te dos principais perigos que deves evitar para que o teu bebé, tu e mundo sejam mais saudáveis.

Não precisas decorar as siglas, mas sim entender o que está por detrás de cada uma delas.

E, principalmente, o quanto te podem ajudar nas próximas compras que fizeres.

Vou explicar o que são e o que representam, bem como os testes de qualidade a que estão relacionadas.

Como “amigos” muito próximos das crianças, os brinquedos são muito importantes para o seu desenvolvimento físico e intelectual.

Contudo, os brinquedos que revelem algum risco de segurança, podem causar sérios danos e problemas de saúde às crianças.

Vários países da União Europeia e do mundo inteiro (EUA, China, Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, etc.) adoptaram requisitos de segurança, e têm as suas normas específicas.

A EN 71 é uma norma europeia responsável pela especificação dos requisitos de segurança para brinquedos.

Esta norma é dividida em 13 partes, sendo que cada uma delas representa um teste a uma característica única do brinquedo.

A parte que interessa aqui focar é a número 3 (doravante EN 71-3), que é responsável pela especificação da migração de certos elementos (neste caso, os metais pesados).

O que significa isto?

Os metais pesados são utilizados, de uma forma comum, nos materiais em estado bruto que se encontram presentes nos brinquedos, nos colares, nas pulseiras, etc.

À medida que se vão acumulando no corpo humano, apresentam um grande risco para a sua saúde.

A comunidade internacional validou uma série de normas de segurança para restringir e controlar o uso de metais pesados nos brinquedos.

A EN 71-3 define os limites máximos dos elementos migrados nos materiais acessíveis, ou nas partes dos brinquedos.

Exemplos de elementos migrados: arsénico, bário, cádmio, crómio, chumbo, mercúrio, estanho, cobre, níquel, entre outros.

Dizem-se “elementos migrados”, porque referem-se aos solutos (substâncias que podem ser dissolvidas) extraídos dos materiais dos brinquedos, após um contacto contínuo com o ácido gástrico.

Estes elementos encontram-se nas tintas e vernizes, por exemplo, ou noutras substâncias da mesma natureza.

Em Junho de 2018, o Comité Europeu de Normalização (CEN) publicou uma adenda a esta norma.
A mudança vital nesta adenda, é essencialmente a alteração dos limites de migração destes elementos em conformidade com a Directiva (UE) 2017/738. De acordo com esta Directiva, os novos limites já entraram em vigor em 28 de Outubro de 2018, e são muito mais restritos.

E os brinquedos que são importados da China?

Pois bem, a compatibilidade com a EN 71-3 é um requisito obrigatório quando se importam brinquedos para a União Europeia.

Muitos importadores não entendem que a compatibilidade com esta norma é mais complexa do que se possa pensar.

Muitas lojas (na internet e não só) vendem materiais pedagógicos importados da China, e podem não ter esta preocupação em mente.

Simplesmente porque não se interessam, ou por desconhecimento.

Mas é um factor que tem que se ter em atenção.

Por isso, escolhe bem os brinquedos (ou materiais pedagógicos) para o teu filho.

Mesmo que sejam só de madeira, não tenham nenhuma parte electrónica nem mecânica ou de metal, o mais provável é que sejam pintados ou envernizados.

 

Artigo relacionado: O perigo escondido das tintas

 

A tinta, o verniz ou o óleo são certificados pela EN 71-3?

Muitos fabricantes de tintas (se não a maior parte deles), publicitam que as suas tintas são amigas do ambiente (incluem muitas vezes a etiqueta “ECO” para chamar a atenção) e são próprias para pintar a mobília dos quartos das crianças, etc., mas será que esta tinta corresponde a estes requisitos?

Sempre que comprares um brinquedo ou material pedagógico, pergunta (e insiste, se não te responderem na tua primeira insistência, ou se a resposta não for satisfatória):

  • Qual a origem do mesmo, onde foi feito?
  • As tintas e os vernizes são certificados pela EN 71-3?

É muito importante, para a tua saúde e para a saúde do teu filho.

cilindro de pinça pincer grasp
O meu filho a brincar com materiais pedagógicos Montessori feitos artesanalmente por mim, com acabamento com óleo certificado pela EN 71-3

Muitos fabricantes também publicitam que os seus produtos (sejam brinquedos, materiais pedagógicos, etc.) são posteriormente tratados com tinta aquosa, óleo natural, cera natural, ou até goma-laca.

Não estou a colocar em causa que não são produtos naturais e amigos do ambiente, mas…terão as certificações exigidas? Foram sujeitos a testes de laboratório, para que seja seguro o teu bebé mexer e colocar na boca?…

Os Compostos Orgânicos Voláteis (COVs, ou VOCs em inglês), são também um dos poluentes mais perigosos.

Alguns emissores de COVs são tão perigosos que são tóxicos e podem ser considerados carcinogénicos, ou seja, que podem dar origem a um carcinoma (tumor cutâneo).

A inalação prolongada deste tipo de emissores é um dos grandes factores de risco, e torna-se um grande perigo para a saúde humana, podendo causar sérios riscos e malefícios.

Infelizmente, é muito fácil encontrar os COVs, principalmente nas nossas casas.

Mas o que são, afinal, os COVs, e onde estão presentes?

Os COVs são componentes químicos que geralmente evaporam à temperatura e pressão ambiente.

Desta forma, dão origem a partículas voláteis que são libertadas para a atmosfera sob a forma de gás.

Esta libertação acontece de uma forma muito gradual, sendo imperceptível aos nossos olhos.

São perigosos não só para o ser humano, mas também para o meio ambiente.

São bons solventes (substância que permite a dispersão de outra substância) e extremamente eficazes para dissolver tintas.

Por isso mesmo são encontrados nos meios internos de construção, onde a ventilação não é a mais eficaz.

Estão presentes nos produtos sintéticos e naturais, como sejam os vernizes e solventes de tintas.

Além disso, existem também nos produtos de limpeza, repelentes, cosméticos, pesticidas, cola, combustíveis, papéis de parede, carpetes, etc.

O problema intensifica-se quando são libertados num ambiente fechado, como por exemplo numa casa: pode fazer com que as pessoas inalem uma concentração elevada destes vapores.

Destas inalações prolongadas podem resultar sintomas menos graves, tais como:

  • irritação da garganta, do nariz e dos olhos
  • problemas de respiração

Os sintomas mais graves poderão ser mais problemáticos:

  • náuseas
  • vertigens
  • fadiga
  • problemas nos rins e no fígado

Os sintomas variam muito de um produto para outro, consoante também o tempo de exposição.

Os efeitos dos COVs são particularmente difíceis de detectar de uma forma directa, porque dependem muito das quantidades absorvidas e do tempo de exposição.

Os COVs que estão presentes nos fumos dos cigarros, nos carros e combustíveis, por exemplo, podem causar cancro.

Na atmosfera, este tipo de composto pode surgir através da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel e querosene, entre outros).

Desta forma, originam a famosa neblina de poluição que já se vê nalguns países (o famoso “smog”, ou seja, nevoeiro contaminada por fumaças).

São, por isso, considerados gases com efeito de estufa, ocasionando o aumento da concentração de ozono.

Isso significa que é responsável, em parte, pelo aumento da temperatura do planeta.

Para além do aquecimento global, ou seja, o aumento da temperatura média global do planeta, os COVs podem também contribuir para a poluição da água.

Isto pode acontecer quer por contacto directo do ar, quer pela absorção das argilas e lamas através das quais a água corre.

brinquedos
“Smog”

 

Por isso, todas as espécies (animais e vegetais) são afectadas pelos poluentes como o ozono.

As tintas são também uma das grandes formas de propagação dos COVs, através dos seus solventes.

Cada vez mais os fabricantes de tintas estão a apostar nas tintas que são à base de água e não têm solventes sintéticos.

Mas isso não significa que sejam certificadas para uso em brinquedos ou materiais pedagógicos.

Por isso, tem atenção com o tipo de tinta que usas para pintar as paredes da tua casa, e que estão também presentes nos brinquedos e materiais pedagógicos do teu filho.

Apesar da emissão dos COVs ser regulada e existir um valor máximo permitido por lei, este é um factor a ter em conta.

Tenta sempre perceber qual o valor de COVs que a tinta que vais usar para pintar a tua casa tem

Ou se o brinquedo/material pedagógico foi pintado com uma tinta certificada e com o valor mínimo de COVs.

Pergunta sempre que queiras saber mais, é um direito teu.

 

O ideal será uma tinta certificada pela norma EN 71-3, que não tenha COVs, não tenha solventes, não tenha cheiros e não tenha metais pesados.

 

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